A musculação é um dos exercícios mais emblemáticos de todos os esportes. Ao longo da história, as pessoas se envolveram na prática para ficar mais fortes, aumentar a massa muscular e desenvolver forma física. Hoje a academia é utilizada tanto na periodização de outras modalidades, como corrida de rua , ciclismo, dança, ou no treino de força e hipertrofia.

Os benefícios da musculação são indiscutíveis. Incluem a tonificação muscular com consequente aumento do metabolismo basal; auxílio na prevenção de osteoporose, especialmente em mulheres; aumento da força, facilitando atividades da vida diária; fortalecimento da coluna vertebral, prevenindo problemas como hérnias e protrusões discais; diminuição das chances de uma diabete por auxiliar no equilíbrio da taxa de glicemia sanguínea; melhoria no sistema imunológico e digestório; melhoria do equilíbrio, especialmente em praticantes da terceira idade; ajuda na gestação, com menor incidência de cãibras e menor probabilidade de desenvolver varizes; e melhora humor, com ganho na autoestima.

Lesões no joelho

Apesar de ainda ser controverso, estudos biomecânicos indicam que um fator muito importante a ser levado em conta é a angulação em que o joelho é submetido durante o treino. Sabe-se hoje que algumas máquinas de cadeia cinética fechada, nas quais trabalham-se o joelho, tornozelo e quadril ao mesmo tempo, como o leg press, por exemplo, quando praticado em uma em angulação acima de 60° gera um vetor de reação articular muito grande, com consequente hiperpressão na cartilagem, podendo levar à lesão. Já as máquinas de cadeia cinética aberta, na qual apenas o joelho trabalha durante a contração, como na cadeira extensora, esta hiperpressão ocorre quando o joelho está muito próximo de ficar completamente esticado. Novamente: o fator mais importante aqui é a boa execução do movimento, sendo observado por um profissional qualificado.

Lesões na lombar

Durante a prática da musculação, especialmente em movimentos que aumentam a pressão intra-abdominal, associados à flexão e rotação da coluna lombar, quando mal executados, podem sobrecarregar os discos intervertebrais, podendo levar a uma rápida degeneração, perdendo propriedades de proteínas, causando microfissuras no disco até em um estágio final, se tornando uma hérnia de disco ou uma protrusão discal, especialmente em indivíduos entre 35 a 45 anos.

Lesões no ombro

Classicamente o aumento súbito da carga em exercícios como o supino e elevação lateral, quando associados a movimentos descoordenados podem levar à chamada síndrome do impacto do ombro, uma das maiores causas geradora de dor e disfunção se tratando de ombro, de caráter crônico, tendo como principal sintoma a dor que piora à noite e ao levantar o braço, além de crepitação local (estalos), fraqueza e dificuldade nas atividades de vida diária.

É descrita como um pinçamento nessa região, e em muitos casos pode decorrer de movimentos repetitivos do braço em abdução (abertura lateral) ou em flexão de 70° a 120° de ombro (braços antes da linha do ombro até acima da cabeça), além da ação combinada de outros quatro fatores como vascularização, degeneração, trauma e a anatomia do ombro.

Lesões musculares

A história clínica é marcada por dor súbita localizada de intensidade variável, algumas vezes acompanhada de um estalido audível ou de uma sensação de pedrada e perda imadiata de força. A intensidade dos sinais e sintomas pode variar de acordo com a sua gravidade.

A lesão pode gerar um defeito (área de depressão local ou “gap”) visível ou palpável. A presença de hematoma tem o significado de uma lesão de maior extensão e gravidade. A contração contra resistência revela dor local e impotência funcional, caracterizada pela incapacidade de se mover a articulação.

Apesar da incidência das lesões musculares na musculação ser menor que em outros esportes, como a corrida e o futebol, o tratamento inclui fisioterapia, iniciada o mais rapidamente possível. Os critérios para o retorno ao esporte são: a flexibilidade semelhante ao membro contralateral, amplitude de movimento normal, ausência de dor e critérios de força muscular semelhantes aos valores prévios à lesão ou ao membro contralateral (acima de 80%).

Fonte: Eu Atleta – Globo Esporte

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