As 8 principais causas de dor no quadril em atletas

Com a melhor compreensão da biomecânica do quadril durante o esporte dos últimos 10 anos aliada à melhoria da qualidade dos exames de imagem e à popularização entre nós, médicos, das chamadas terapias intervencionistas guiadas por ultrassom, vieram à tona novos diagnósticos e novas alternativas no tratamento de lesões que até então se achava serem pouco comuns. Afinal, por que o quadril pode doer durante ou após o esporte?

Durante o esporte, o quadril é uma articulação extremamente requisitada e se os mecanismos de rotação, pistoneamento, flexão, extensão, adução e abdução não forem perfeitos e sincrônicos ao movimento do joelho e tornozelo, pode haver a chamada lesão por microtrauma de repetição. Nesse tipo de lesão, a dor vem de maneira lenta e progressiva, atrapalhando a prática esportiva inicialmente; e, posteriormente, afetando as atividades do dia a dia.

As oito causas mais comuns de dor no quadril em atletas:

1 – Bursite

A bursite de quadril, também chamada de bursite trocantérica, é uma inflamação da bursa, que é composta por líquido sinovial e fica na lateral do quadril.

Há várias causas para a bursite no quadril, e uma das mais comuns é o excesso de carga mecânica. A bursite troncantérica causa dores na lateral do quadril e pode ser tratada de diferentes formas, que vão desde a utilização de medicamentos para reduzir a inflamação até sessões de fisioterapia e redução da atividade física até a recuperação.

Terapias como o “drilling”, onde a microperfuração do tendão é guiada por ultrassom, estatisticamente têm trazido altíssimos índices de cura e de retorno ao esporte.

2 – Síndrome do piriforme

O músculo piriforme fica localizado próximo à região glútea, muito próximo ao nervo ciático. Ele é um músculo pequeno e tem como função a estabilização da articulação do quadril.

Quando este músculo sofre contraturas ou mesmo fica hipertrofiado em excesso, podemos ter a compressão do nervo ciático, causando dores profundas (como se a dor fosse “no osso”), redução de mobilidade, sensação de dormência, entre outros.

O tratamento geralmente acontece de maneira conservadora, integrando medicamentos com sessões de fisioterapia e reequilíbrio muscular.

3 – Impacto femoroacetabular

O impacto femoroacetabular acontece quando a cartilagem que recobre o acetábulo (local do quadril onde o fêmur se encaixa) se desgasta e temos o atrito entre os ossos.

Por ser uma lesão cartilaginosa, é importante que sua avaliação seja feita por um ortopedista, pois a incidência dela pode ser bastante complexa. Neste sentido, o tratamento pode ser cirúrgico ou conservador, a depender de cada situação.

4 – Síndrome da banda iliotibial

A síndrome da banda iliotibial, também conhecida como síndrome do atrito do trato Iliotibial, causa dores ao longo do quadril até o joelho e é causada pelo atrito entre a banda iliotibial, que é uma estrutura que “segura” a lateralização do joelho, e o fêmur.

Com o impacto, a banda iliotibial vai ficando mais rígida, piorando ainda mais o caso. Porém, na maioria dos casos, o tratamento conservador é o suficiente.

Esta é uma patologia muito comum em atletas que apresentam uma condição de varo no joelho (quando o joelho se projeta para “fora”).

5 – Artrose no quadril

Também conhecida como osteoartrite do quadril, esta é uma doença inflamatória crônica com episódios agudos.

No caso da artrite no quadril, a inflamação ocorre na articulação e pode se ocasionar em diferentes locais. O tratamento pode ser feito através de abordagens conservadoras ou invasivas, a depender da especificidade de cada caso.

Terapias como a infiltração com acido hialurônico (viscossuplementação) guiada por ultrassom têm sido utilizadas em alguns casos, principalmente nas pessoas que não desejam realizar a prótese total de quadril.

6 – Pubalgia

A pubalgia é a inflamação da sínfise púbica, causada geralmente por microtraumas de repetição. Além disso, desequilíbrios musculares de músculos que se inserem na região do púbis tendem a aumentar ainda mais a incidência de pubalgia.

A pubalgia é muito comum em atletas de esportes repetitivos, como corredores e ciclistas, e também em atletas de esportes com muitas trocas de direção rápidas, como futebol ou basquete.

7 – Fraturas por estresse no quadril

Esta é uma lesão muito comum em corredores de longa distância. Devido a microtraumas de repetição, as estruturas ósseas vão se tornando mais frágeis e, com o passar do tempo, podem surgir fraturas nos ossos da articulação.

No caso do quadril, as lesões mais comuns são na cabeça do fêmur e no acetábulo.

8 – Tendinites profundas dos quadris

Em geral, são causadas pelo treinamento em alto volume, principalmente na corrida, com fraqueza de isquiotibiais (posteriores de coxa). Assim como na bursite trocantérica, os tendões inflamam e, depois, degeneram, gerando dor glútea profunda, com agravo ao permanecer sentado.

Assim como na bursite trocantérica, novas terapias como o “drilling”, guiado por ultrassom, estatisticamente têm trazido altíssimos índices de cura e de retorno ao esporte.

Fonte: Eu Atleta – globo.com

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