Eletroestimulação promove ganho de força muscular
A estimulação elétrica neuromuscular é um recurso que, há décadas, tem sido amplamente utilizado na fisioterapia com o objetivo de promover, acelerar e potencializar a recuperação de pacientes. Os benefícios dos pacientes são tão evidentes que hoje as pesquisas já evoluíram e procuram associar à eletroestimulação outros recursos terapêuticos, como manipulações de dieta. Como exemplo, podemos citar um estudo publicado recentemente na Neurocritical Care que mostrou que a associação entre a eletroestimulação neuromuscular e uma dieta hiperproteica resultou em menor atrofia de quadríceps de pacientes pós AVC (acidente vascular cerebral).
No entanto, apesar de sua segurança e relevância como tratamento complementar ao exercício voluntário em pacientes com perda de força muscular ter sido extensamente comprovada, a eficácia da eletroestimulação como recurso potencializador do ganho de força em indivíduos saudáveis ainda não estava clara para alguns profissionais da área. Um artigo de revisão publicado esse ano na revista Physical Therapy abordou justamente esse tema: os efeitos da eletroestimulação neuromuscular sobre a força e a massa muscular do quadríceps em indivíduos saudáveis, jovens e idosos.
A revisão incluiu 32 pesquisas que estudaram jovens saudáveis (num total de 796 avaliados) e cinco pesquisas estudando idosos saudáveis (totalizando 123 avaliados). Como resultado, os autores relatam que as evidências científicas disponíveis até a presente data comprovam que a eletroestimulação neuromuscular é eficaz para promover o ganho de força muscular do quadríceps em jovens saudáveis.
Em relação aos seus efeitos sobre o ganho de massa muscular, os autores consideram os dados inconclusivos, uma vez que dos seis estudos encontrados que avaliavam a massa muscular, três mostravam ganhos e três estudos não apontavam efeitos positivos em relação ao grupo controle.
No que se refere à população mais idosa, os autores concluíram que ainda são necessários mais estudos incluindo essa população específica para que se possa esclarecer os efeitos da eletroestimulação, tanto para o ganho de força, quanto para o aumento de massa muscular.
A partir dessas evidências, podemos concluir que o uso da eletroestimulação neuromuscular é um recurso que pode e deve ser aplicado não só nas fases iniciais dos programas de reabilitação, mas também deve ser associado ao exercício voluntário nas fases finais (de volta à prática esportiva) e mais ainda, nos programas de fortalecimento muscular de jovens e idosos saudáveis.
Em caso de dúvidas, entre em contato com um dos especialistas do Espaço Ortopedia ou agende sua consulta pelo e-mail clinica@espacoortopedia.com.br